sexta-feira, 19 de junho de 2015

Confesso que sou Jardineiro

Com jardins
Aprendi a recomeçar.

Confesso que sou jardineiro e, confessando, é possível que o leitor pergunte a razão de meu ato contrito. Não é comum que seres do mundo dos negócios se confessem como tal.

Falo então de gestão, não de jardins. Foi já maduro que comecei a jardinar, quase por acidente, um tanto de pena de um monte de plantas que, deixadas em terra seca à própria sorte, morriam. Resolvi cuidar.

Meu compadecimento alcançou primeiro os vasos em seu estado precário e, pouco depois, encantaram-me flores e pequenas árvores que, acredite, pensei que sorriam para mim cada vez que as aguava.

Começaram a me ensinar e fui aprendendo, feito agora um aluno fiel. Passei a sofrer de um mal que acomete irremediavelmente todo cuidador de plantas: passei a falar com elas e, falando, eis-me aqui, teimando em contar o que me ensinaram de gestão.

Já devo ter dito de outra vez que me ensinaram primeiro a recontar o tempo. Quando se planta, não somos mais senhores do relógio: tudo tem seu tempo na face da terra...

Vi depois que cada uma era diferente da outra. Não podia tratar a todas de forma igual e pretender resultados iguais. A umas, mais água, a outras, sombra e, cuidadas assim, como seres especiais, todas viçavam, embora viçassem diferente, umas azuis, outras amarelas, outras sem flores e de um verde deslumbrante.

Aprendi sobre ervas daninhas e plantas à toa. Das primeiras soube que não lhes bastava cuidar na superfície. Vasos inteiros foram replantados paraextirpar batatas pequenas e recônditas no seio da terra. Das segundas, passei a apreciar a beleza que surgia quanta vez, em pequenas flores inesperadas e belos ramos de sementes.

Aprendi que, quando adubamos, os resultados são lentos e que muito adubo pode matar.

Aprendi a perseverar e a ter foco, fruto da paciência que me foi exigida.

Aprendi a ouvir mais e a ouvir o silêncio.

Aprendi a admirar e agradecer cada vez que um pé de figo num vaso me brindava com 
figos enormes e doces.

Aprendi a me orgulhar da minha bela e verde equipe e a sofrer com ela quando a doença acometia algum membro, mas aprendi também que o cuidado quase sempre era capaz de regenerar as mudas. Quase sempre!

Com jardins aprendi a recomeçar...

Acho que jardinagem devia ser matéria de escola, desde a tenra idade e, mais ainda, nas faculdades, mestrados e doutorados de gestão. Um cuidador de plantas aprende mais sobre gerir pessoas em seis meses de jardinagem que em seis anos de escola e torna-se humano de verdade, com o que há de mais desafiador na humanidade.


Aos que duvidem, os desertos!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Nunca se esquecer de quem somos


Nunca se esquecer de quem somos

Confesso que, assistindo pessoalmente, lendo ou vendo gravações de palestras de GUY KAWASAKI, me impressiona seu conceito de “ENCHANTMENT”. Não explico, mas indico: clique em http://www.youtube.com/watch?v=yA2TAiVUy8Q , assista “10 pontos importantes do encantamento” e tenha bom proveito como estou tendo.

Mas, enquanto leio, uma frase não sai de minha cabeça: não me esquecer de quem sou, não nos esquecermos de quem somos, PLANSIS, a Empresa Essencial.

Em tudo que leio de KAWASAKI (Encantamento, a arte de Modificar Corações e Mentes, Alta Books), encontro características da Empresa Essencial. É como se eu aprendesse comigo mesmo, com a diferença que, muitas vezes, sou levado a crer em sombras, a tentar ser o que não sou e todo o cuidado é necessário. Ler, mas com olhos essenciais!

O apelo da Empresa Essencial é para todos e é de resultados. É um apelo de encantamento e é um apelo de tecnologia. É um apelo de qualidade de vida e é um apelo de autonomia responsável, como diria a amiga July.

Acreditar nisso é como fazer de novo uma viagem já feita, trilhar de novo um caminho já trilhado para descobrir as mesmas coisas com um olhar diferente. Cada princípio da Empresa Essencial é revisitado e as pessoas são convidadas novamente a ler e sentir.

Ler e sentir é fundamental, porque, Kawasaki nos ensina, é preciso que as pessoas que trilham comigo este caminho tenham paixão pelo caminho, ainda que não para permanecer nele uma vida inteira.

Passados alguns anos já da formulação daqueles princípios, é como se uma voz me chamasse a retornar às origens e, neste retorno, trazer comigo todos os que acreditam na Empresa Essencial, uma empresa com resultados mas pulsante de gente, tecnológica ao mesmo tempo que simples, com qualidade de vida e grande senso do que precisa ser feito.

É apostar e ver!