A
ninguém quero convencer.
Quero
praticar.
Nenhum
argumento é mais forte
que nossa prática.
A
Prefeitura de Belo Horizonte e a Câmara dos Vereadores da mesma infeliz-cidade
estão a ponto de aprovar o fim dos trocadores. Falham de forma grotesca nas
leis da Robótica de Asimov que adaptei para gente (leia em http://goo.gl/KIBy4Q).
Não é que
eu veja sentido em trocadores. Num país sério, estariam preocupados em criar
condições reais para que um motorista não tivesse que dirigir fazendo troco.
Nunca andaram de lotação, assim se dizia na minha infância. Houvessem andado,
saberiam que os motoristas estão se especializando em dirigir em avenidas
movimentadas ao mesmo tempo em que vasculham bolsos e caixas em busca de
moedas. Um perigo!
Trocadores
não são necessários. A gente podia usar cartões magnéticos ou até o celular, a
tecnologia está aí para isso. O problema é que, cada vez que a tecnologia
substitui funções que pouco ou nada acrescentam na prestação do serviço,
substitui gente. É aí que temos que pensar como sociedade. Demitir milhares de
pessoas do dia para a noite, em plena crise econômica, sem lhes dar qualquer
chance de se reocuparem nem tempo de novo treinamento é cruel.
Muitos
dirão que é o sinal dos tempos.
Também
acho.
Eu já
disse, falando do UBER que tanto aprecio: somos todos taxistas!
Agora
estou dizendo: somos todos trocadores!
Em breve
seremos todos advogados, médicos, professores, engenheiros, arquitetos.
É só
continuar a pensar a tecnologia sem pensar a sociedade e vamos direto para a
vala dos comuns.