A
ninguém quero convencer.
Quero
praticar.
Nenhum
argumento é mais forte
que nossa prática.
Confronto
Isaac Asimov com Bauman.
O primeiro
criou as três leis da robótica para proteger a humanidade. O segundo fala do medo
líquido em seu livro do mesmo nome.
Somadas,
as duas falas nos conduzem a uma espécie de medo essencial de nosso tempo,
talvez pior que o medo de morrer, o medo de perder o sentido. Nick Bostrom refletiu
sobre isso no Ted (https://goo.gl/VlVJUw).
Se
perdermos para máquinas que pensem melhor e mais rápido que nós mesmos, que
sentido fará morrer? Pior: que sentido fará viver?
Para mim,
só há duas razões pelas quais vale a pena que a ciência avance: explicar o que somos
e melhorar nossa condição de vida. Um paradoxo, quando pensamos em
inteligências cibernéticas que nos superem, mas que, respeitado Asimov, nos
preservem.
Podemos
parar por aqui ou seguir em frente. Estamos a um passo de enfrentarmos o medo
essencial de nosso tempo: sermos superados por nossas criações. Isso não nos
fará superar Deus, quanta pretensão, mas nos fará encontrar nossa humanidade.
Asimov nos
deixou a pista e eu reescrevo suas leis da robótica para seres humanos:
1ª Lei:
Um ser humano não pode ferir outro ser humano ou, por inação, permitir que um
ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um ser humano deve obedecer os princípios
da humanidade, exceto nos casos em que esta obediência entre em conflito com a
Primeira Lei.
3ª Lei: Um ser humano deve proteger sua própria
existência desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou segunda
Leis.
Lei Zero: Um ser humano não pode causar mal à
humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
Deve ser
isso e faz todo sentido. Para valer para os robôs, tem que valer prá nós,
primeiro.
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